quinta-feira, 17 de março de 2011

No curto prazo um desastre seguido de impactos de alta amplitude. No médio prazo uma demonstração de alento e preparo


Vivemos em um país cuja extensão territorial está na casa dos 8,5 milhões de km², seguidos de mais de 190 milhões de habitantes, isto é, possui uma área aproximadamente 2000% superior a do Japão, além de uma população maior em cerca de 50%.
Se já não bastasse essa discrepância, é claro que o Brasil também é dotado de recursos naturais e minerais que superam intensamente os trazidos pelo Japão, além da ausência de alguns fenômenos avassaladores como o terremoto recentemente enfrentado pelos japoneses.
Apesar de tais desvantagens, o país oriental avistou na tecnologia uma alternativa estratégica para se destacar meio a uma esfera tão competitiva, já que apresenta carência no que diz respeito aos recursos acima mencionados. Este é um incorrido que nos faz concordar em gênero, número e grau com Michael Porter, onde este narra que a prosperidade de um país não é herdada, e sim criada. Esta foi a sacada de sucesso do Japão: criar oportunidades embasadas no avanço tecnológico a fim de compensar a deficiência de determinados recursos de ordem não controlável.
Ponderando tais fatos, é notório que o Japão apresenta um grande potencial para se recuperar em uma velocidade no mínimo mediana, já que financeiramente encontra-se estruturado de maneira considerável graças aos seu desempenho econômico nos últimos anos.
Apesar desta possibilidade de recuperação acelerada a qual o Japão está propenso, o Brasil e outros países devem estar preparados para sofrer impactos dessa crise, pois apesar do setor industrial não ter sido afetado fisicamente, muitas empresas pausaram suas atividades. Para que entendam a magnitude da situação posso citar exemplos de multinacionais como Toyota, Toshiba, Panasonic, dentre outras grandes organizações que sofreram com este choque ao ponto de terem de fechar suas unidades.
Ante tais episódios, é natural a existência de certa apreensão por parte dos países que com este estudado possuem relações comerciais, visto que a atual dificuldade enfrentada pelas fábricas consequentemente permeará para as importações e exportações. É fácil percebermos a relevância que este país possui na conjuntura econômica mundial, consolidada a um preparo que o mostra maduro em sua ações de economia de energia, consciência em relação aos alimentos, água e afins.
Gostaria de deixar uma pergunta para que cada um meditasse um pouco a respeito do tema proposto: qual resultado seria obtido se trocássemos os recursos pertencentes aos países aqui comparados? Quero dizer, como seria se o Japão passasse a ter um território 20 vezes maior, incluindo recursos naturais e minerais, além do número de habitantes 50% acima do atual, propiciando maior número de profissionais no mercado?
Muitos dirão que teríamos um disparo no desempenho de sua economia. E por que no Brasil não ocorre o mesmo? Corrupção, má administração ou ambos? Imaginem então o oposto: nosso país com território e população reduzidos e carente de nossas commodities que apresentam expressiva participação na balança comercial.

2 comentários:

  1. Gostei da reflexão sobre a troca de população entre os países. Poderíamos, por exemplo, transferir a sede de nosso governo tupiniquim (com todos os seus ocupantes) para a Líbia...

    Brincadeiras à parte, parabéns pela iniciativa. Poucos possuem coragem de escrever o que pensam.

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